A programação desta quinta-feira (16) foi encerrada com um debate, no auditório do CTG, sob a coordenação de Cicilia Peruzzo (Cátedra Unesco/Umesp) e participação de John Downing, professor norte-americano conhecido pelo seu vasto estudo dos movimentos contra-hegemônicos em busca de uma comunicação democrática.
Downing defende que a participação da mídia radical não se restringe à utilização dos meios como instrumentos de oposição à comunicação dominante. Esse tipo de mídia de conteúdo e forma revolucionária atua diretamente na construção e caracterização de diversas produções de conhecimento. O pesquisador descreveu os conceitos de vários autores sobre as mídias desempenham junto à sociedade: alternativas, participativas, independente, comunitárias ou do terceiro setor. Já a mídia tática ou de contra-informarção possui aspectos positivos e negativos, sempre dependendo da estratégia e do modo de atuação de cada uma.
A relação entre a mídia e educação também foi discutida por Downing, que citou os estudos do pernambucano Paulo Freire como referência mundial nesse campo. Todavia, John lamenta a distância entre os estudos acadêmicos e a produção de mídia nas universidades. Dentro da perspectiva educacional, "é preciso desenvolver a capacidade dos estudantes de discutir a construção da mídia e os processos de comunicação". As comunidades são relacionadas como grupos nos quais as pessoas constroem relações afetivas, mas, na realidade, não se pode observá-las sem identificar diferenças, diversidades e conflitos de interesse. Dessa forma, os projetos de mídia radical podem ser uma forma de organizar as comunidades e superar as diferenças, como defendeu ele.
Cicilia Peruzzo questiona o porquê do uso do termo mídias, e não de processos de comunicação. O pesquisador esclarece que compreende a produção de mídia como um processo educativo e transformador, e enfatiza a prioridade de se estabelecer uma comunicação política, atuando por dentro dos movimentos sociais. "Se a mídia independente não existisse, deveria ser inventada", ressalta Downing. Assim, qualquer pessoa pode postar seu material livremente, mesmo sem estar vinculada a alguma emissora ou empresa de comunicação.
Por Jonara Medeiros, Manoela Moreira e Thayse Freitas
Downing defende que a participação da mídia radical não se restringe à utilização dos meios como instrumentos de oposição à comunicação dominante. Esse tipo de mídia de conteúdo e forma revolucionária atua diretamente na construção e caracterização de diversas produções de conhecimento. O pesquisador descreveu os conceitos de vários autores sobre as mídias desempenham junto à sociedade: alternativas, participativas, independente, comunitárias ou do terceiro setor. Já a mídia tática ou de contra-informarção possui aspectos positivos e negativos, sempre dependendo da estratégia e do modo de atuação de cada uma.
A relação entre a mídia e educação também foi discutida por Downing, que citou os estudos do pernambucano Paulo Freire como referência mundial nesse campo. Todavia, John lamenta a distância entre os estudos acadêmicos e a produção de mídia nas universidades. Dentro da perspectiva educacional, "é preciso desenvolver a capacidade dos estudantes de discutir a construção da mídia e os processos de comunicação". As comunidades são relacionadas como grupos nos quais as pessoas constroem relações afetivas, mas, na realidade, não se pode observá-las sem identificar diferenças, diversidades e conflitos de interesse. Dessa forma, os projetos de mídia radical podem ser uma forma de organizar as comunidades e superar as diferenças, como defendeu ele.
Cicilia Peruzzo questiona o porquê do uso do termo mídias, e não de processos de comunicação. O pesquisador esclarece que compreende a produção de mídia como um processo educativo e transformador, e enfatiza a prioridade de se estabelecer uma comunicação política, atuando por dentro dos movimentos sociais. "Se a mídia independente não existisse, deveria ser inventada", ressalta Downing. Assim, qualquer pessoa pode postar seu material livremente, mesmo sem estar vinculada a alguma emissora ou empresa de comunicação.
Por Jonara Medeiros, Manoela Moreira e Thayse Freitas
Foto: Aline Lemos
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