quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Violência contra a mulher é tema de discussão


Duas produções distintas em sua autoria, mas convergentes na linha de abordagem. Assim podem ser definidas as pesquisas “Narrativa de novela para uma violência real” e “A violência como entretenimento: a mulher na televisão pernambucana”. O primeiro trabalho foi proposto pela mestranda Lillian Bento, da Universidade Federal de Goiás (UFGO). Partindo do relato de uma criança pobre, que foi torturada por uma empresária, Lillian analisa o discurso e a forma como a mídia trata os casos de violência contra a mulher. “Os incidentes mais absurdos são revestidos de um sensacionalismo sem precedentes, o que acaba violando o direito à mulher”, disse.
Na outra apresentação, a pernambucana Lúcia Helena Barbosa, da Universidade Federal de Pernambucano (UFPE), falou da agressão aos direitos da mulher por parte da televisão. Para isso, ela restringiu-se a pesquisar os dois programas policiais de maior audiência no Estado: Bronca Pesada e Ronda Geral. “A mulher sofre uma dupla agressão: a real e aquela pós-trauma, que é exposto pela mídia.”, observou. Para ela, “o movimento feminista de Pernambuco tem sido o principal responsável pela diminuição dessa violência, que já foi maior”.
Esse foi um dos temas debatidos no primeiro dia da IV Conferência Brasileira de Mídia Cidadã, que acontece até o próximo sábado, dia 18, no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco.


Por Edson Roccha

Foto: Aline Lemos

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